Enquanto Inter tem dívida de R$ 959 milhões, a do Grêmio não chega nem perto
O novo relatório “Convocados”, elaborado pelas consultorias Galapagos Capital e Outfield, revelou um panorama preocupante das finanças dos clubes da Série A em 2024. No total, as dívidas somadas ultrapassam a marca de R$ 14 bilhões, com destaque para o crescimento expressivo de passivos em boa parte das principais equipes do país.
Clubes como Corinthians, Atlético-MG, São Paulo, Palmeiras e Cruzeiro viram seus débitos aumentarem de forma significativa, apesar da elevação de receitas impulsionada por bilheteria, patrocínios e direitos de TV.
Entre os números mais chamativos, o Palmeiras teve um aumento de 77% em sua dívida, passando de R$ 466 milhões para R$ 823 milhões — algo que surpreende por se tratar de um clube constantemente citado como exemplo de gestão.
Grêmio e Inter tem realidades diferentes em levantamento de dívida
Quando se observa a realidade gaúcha, a comparação é inevitável: enquanto o Internacional viu sua dívida saltar de R$ 654 milhões para R$ 959 milhões (alta de 47%), o Grêmio apresentou uma elevação mais moderada, de R$ 441 milhões para R$ 525 milhões (19%).
Embora ambos estejam endividados, o Tricolor Gaúcho mostra um controle mais rígido de suas finanças, mantendo-se distante dos extremos e buscando um equilíbrio sustentável.
Além do Grêmio, o Athletico Paranaense foi o único clube entre os grandes que conseguiu reduzir sua dívida, encerrando 2024 com um passivo de R$ 468 milhões, contra R$ 492 milhões no ano anterior.
A tendência aponta para um cenário em que o controle financeiro será tão importante quanto os resultados em campo. Clubes que não se adaptarem a essa nova realidade correm sérios riscos de comprometer sua competitividade nos próximos anos.